A matéria prevê a criação de piso
nacional para PMs e bombeiros. Governadores se articulam para barrar o
trâmite; militares prometem reagir
Engana-se
quem pensa que o recesso de Carnaval esfriou a tensão entre
governadores e policiais de todo o País. A partir do início de março,
ambas as partes voltam a intensificar a mobilização, desta vez com foco
na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que prevê a
criação de um piso nacional unificado para a PM. Chefes de Executivos
estaduais trabalham para convencer as bancadas no Congresso Nacional a
barrar – ou, pelo menos, retardar – o andamento da PEC. Em outra frente,
os militares prometem reação.
Antes do Carnaval, durante a posse de
Graça Foster na presidência da Petrobras, pelo menos oito governadores –
incluindo o do Ceará, Cid Gomes (PSB) – teriam feito um apelo ao
presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, para não incluir a PEC
na pauta de votações. Em entrevista ao portal Terra, Cid chegou a dizer
que “A PEC 300 nasce de uma premissa absurda. Como o Piauí vai conseguir
pagar a realidade de Estados mais ricos?”.
Segundo o deputado federal e líder do PDT na Câmara André
Figueiredo (CE), a expectativa é que, logo na primeira quinzena de
março, Marco Maia se reúna com os governadores para tentar chegar a um
acordo sobre a PEC. “Isso precisa ser discutido. Eu sou a favor da PEC,
mas é preciso que ela não gere nenhuma situação difícil para os
estados”, ponderou Figueiredo.
Contraponto
Representantes de PMs e bombeiros dizem acompanhar as articulações e,
de acordo com o presidente da Associação Nacional de Entidades
Representativas de Praças Militares Estaduais (Anaspra), Pedro Queiroz, o
início de março também será de mobilização. Ele não fez ameaça de
possíveis novas greves, mas disse que os estados são autônomos para
decidir. “Não vamos orquestrar essa situação”, adiantou.
Queiroz disse que pretende convocar a diretoria nacional da Anaspra,
em Brasília, para elaborar um calendário de atividades que devem incluir
manifestações e caminhadas.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O debate sobre a PEC 300 surge em um contexto conflituoso entre
governadores e militares, que lançaram mão de várias paralisações,
Brasil a fora, por melhores condições de trabalho. As greves foram
consideradas inconstitucionais.
Governadora lidera movimento contra a PEC 300
ResponderExcluirRoseana reunida com governadores em Brasília
A governadora do Maranhão Roseana Sarney aproveita sua viagem à Brasília para encabeçar um movimento nacional contra a assinatura da PEC 300, que estabelece um piso nacional de salários para policiais e bombeiros militares.
A denúncia foi apresentada na sessão de hoje (01) da Asssembleia Legislativa, pelo deputado estadual Marcelo Tavares. Ele ressaltou a situação da segurança pública do estado, que carece de investimentos e atenção.
Como reduzir os índices de criminalidade no estado, sem garantir condições necessárias aos profissionais que atuam diretamente no combate à violência? Os policiais e bombeiros arriscam suas próprias vidas diariamente e não têm condições mínimas de trabalho. Tampouco são capazes de garantir uma condição digna de vida às suas famílias, indagou o deputado Marcelo Tavares.
Na greve dos PMs e Bombeiros ocorrida no ano passado, a governadora declarou que o estado pretende implantar políticas de valorização de seus servidores. E agora tenta convencer seus “colegas” políticos a evitar a lei que garante um salário menos indecente a essa categoria.
Fonte do Blog : luiscardoso