O Comando-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro anunciou nesta
segunda-feira (12) que vai expulsar treze bombeiros envolvidos no
movimento que iniciou uma greve em fevereiro deste ano. Entre os militares expulsos está o líder do movimento grevista, o cabo Benevenuto Daciolo.
Segundo nota divulgada pelo Corpo de Bombeiros, os treze foram
considerados culpados por "articulação em manifestações de caráter
político-partidário, nas quais incitaram ostensivamente a tropa à
prática de ilícitos de natureza disciplinar e penal militar, além da
adoção de conduta incompatível com a missão de Bombeiro-militar".
Os militares expulsos chegaram a ser presos durante a paralisação, que
começou no dia 9 de fevereiro, pouco depois de policiais militares e
bombeiros da Bahia
entrarem em greve. No Rio, os grevistas exigiam o estabelecimento de um
piso salarial de R$ 3,5 mil e a libertação do cabo Daciolo. Daciolo foi
preso preventivamente para evitar que a greve na Bahia se alastrasse em
outros Estados, após o Jornal Nacional divulgar gravações em que ele articulava expandir o movimento.
Na época, a Polícia Militar no Rio disse que mais de 120 policiais
foram indiciados em Inquérito Policial Militar (IPM) por crime militar,
por aderirem a greve. Além disso, outros 17 militares foram presos logo no início do movimento, por conclamar e incitar a greve. A paralisação no Rio durou quatro dias.
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