O levante popular ocorrido na tarde de
hoje em São Luís e Imperatriz fez a governadora Roseana Sarney repensar a
forma de conduzir a greve das forças de segurança pública do Maranhão.
A capacidade de organização e reação dos
envolvidos na passeata assustou de tal maneira que, uma hora antes do
movimento denominado “Primavera Maranhense”, o Palácio dos Leões estava
totalmente cercado pela Força Nacional e pelo Exército Brasileiro.
O movimento organizado nas redes sociais
rapidamente contagiou e ganhou adesão em massa. Em menos de 24 horas
depois de anunciado o evento, milhares de pessoas se reuniram na frente
da Assembleia Legislativa do Maranhão para apoiar os militares e exigir
a saída imediata da governadora.
E dessa vez nem toda a máquina de
comunicação da oligarquia foi capaz de reverter a situação. O Sistema
Mirante de Comunicação foi todo mobilizado. TVs, rádios, jornais e
blogs, todos eles foram orientados a demonizar a greve e reduzi-la a um
movimento egoísta e de motivações políticas. A atuação das mídias
independentes, juntamente com a liberdade e agilidade proporcionada
pelas redes sociais foram indispensáveis para mais essa vitória
democrática
Os primeiros resultados da “Primavera
Maranhense” já começaram a aparecer. O Governo do Estado, que até então
adotava uma postura arrogante e intimidadora, mudou de tom e designou o
secretário João Alberto para negociar com os militares em reunião
realizada ainda a pouco na sede da OAB. O representante governista
acatou as principais reivindicações dos grevistas, prometendo,
inclusive, que não haverá punições ou retaliações. Apenas a questão
salarial não foi acordada entre as partes.
A última oligarquia do país percebeu que
o poder está escapando das suas mãos e por isso teme um final
semelhante ao dos ditadores Ben Ali, Saleh, Mubarack e Kadaffi. Esse
destino é inevitável, fruto da insatisfação e desejo de libertação do
povo maranhense.
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